Estudos

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PROJETOS DE PESQUISA EM EXECUÇÃO

Líder: Alex Alves dos Santos

Período de execução: 05/02/2024 a 05/02/2026 

Atividade: Aquicultura

O ciclo produtivo da macroalga Kappaphycus inicia em setembro e finaliza em maio. A partir de junho, quando normalmente a temperatura da água baixa de 18º C, altas taxas de mortalidade podem ocorrer e os cultivos comerciais são interrompidos. Outro problema é a variação de salinidade que está causando prejuízos com perdas de até 99% da biomassa, resultando em produtividades de 31 t/ha, quando o esperado é de 60 t/ha. Em busca de soluções para viabilizar os cultivos de inverno, a identificação de linhagens que melhor se adaptam a região Sul do Brasil é uma das possibilidades. Linhagens com crescimento mais rápido e maior rendimento poderiam resultar em um aumento de 2% nas taxas diárias de crescimento elevando a baixa produtividade. Outra alternativa para a algicultura catarinense de inverno e para as variações de salinidade é a exploração de novas espécies de algas. Dentre elas, a Ulva ohnoi apresenta características interessantes, com crescimento ótimo em salinidades baixas.

Líder: Felipe Matarazzo Suplicy

Período de execução: 01/04/2024 a 01/04/2026 

Atividade: Aquicultura

O papel dos moluscos bivalves no sequestro ou na emissão de carbono permanece obscuro, e pesquisas destinadas a medir o sequestro de carbono e o desempenho das fazendas de mexilhão estão em andamento. A taxa de mineralização da fração orgânica dos biodepósitos de mexilhão no sedimento varia amplamente de <1 % a 10 % dependendo da temperatura da água, composição orgânica das fezes e método de cultivo. O CO2 liberado pela mineralização de pseudofezes e fezes de mexilhão também altera o acoplamento bentônico-pelágico e representa uma liberação indireta de CO2 associada ao cultivo de mexilhões. Uma avaliação do papel do cultivo de mexilhões no balanço de CO2 deve ser baseada em uma abordagem ecossistêmica que leve em consideração as complexas interações tróficas envolvendo a ciclagem de carbono orgânico e inorgânico dissolvido e particulado, bem como a variabilidade local e sazonal.

Líder: Raphael de Leão Serafini

Período de execução: 04/01/2024 a 06/01/2026 

Atividade: Aquicultura

Apesar de Santa Catarina ser um dos maiores produtores de alevinos de tilápia-do-Nilo do Brasil, os índices de eficiência na produção é muito variada. A baixa taxa de adoção de técnicas adequadas de manejo de reprodução e de alevinagem é a principal responsável pela baixas produtividades de alevinos por hectare de lamina de água. O objetivo deste projeto é o de acompanhar a produção de alevinos de tilápia-do-Nilo da linhagem Epagri/SC04 durante duas safras, avaliando o desempenho reprodutivo das matrizes e o desempenho das larvas submetidas ao protocolo de reversão sexual.

Líder: Luis Hamilton Pospissil Garbossa

Período de execução: 01/01/2024 a 30/01/2026 

Atividade: Aquicultura

Os cultivos podem alterar os padrões hidrodinâmicos e biológicos e, se produzidos em alta densidade, criam barreiras físicas na coluna de água, o que reduz o fluxo de matéria no entorno. Os moluscos bivalves também podem proporcionar o aumento da concentração de substâncias orgânicas e nutrientes nas proximidades do local onde são produzidos, pois produzem fezes e pseudofezes que podem formar biodepósitos no leito das áreas de cultivo. O material acumulado no leito de baías e estuários pode alterar a composição do sedimento e a estrutura da comunidade bentônica dependendo da carga aplicada a cada região. Este projeto irá gerar informações com alto grau de confiabilidade para subsidiar com dados a modelagem numérica hidrodinâmica, ferramenta que possibilitará considerar as principais complexidades dos sistemas costeiros e é uma ferramenta importante na gestão da aquicultura.

Líder: Guilherme Rupp

Período de execução: 01/02/2023 a 30/12/2025 

Atividade: Aquicultura

Em projeto anterior executado na Epagri por este proponente, iniciaram-se em Santa Catarina estudos que permitiram a identificação das 3 espécies nativas de pepinos-do-mar, a confirmação de captura não regulamentada desses organismos, e a geração de conhecimentos sobre aspectos populacionais e reprodutivos de H. grisea. Com isso, verificou-se que 2 espécies (H. grisea e Isostichopus badionotus) apresentam interesse comercial e potencial para aquicultura. Já sobre a espécie Parathyone braziliensis, nada se sabe. Iniciou-se novo projeto (atualmente em andamento) visando desenvolver protocolos para a indução à desova e cultivo de larvas em laboratório, bem como estudos sobre cultivos multitróficos integrados com moluscos e de tolerância à salinidade. Com isso, foram obtidos avanços no conhecimento sobre estes aspectos, mas também evidenciaram diversas lacunas de conhecimento e geraram novas hipóteses, que serão abordadas no presente projeto.

Líder: Bruno Corrêa da Silva

Período de execução: 30/03/2023 a 30/03/2025

Atividade: Aquicultura

O frio é um dos maiores limitantes para os cultivos de tilápia em regiões de clima subtropical, como o sul do Brasil. A temperatura da água ótima de crescimento e reprodução para a tilápia-do-nilo é em torno de 26 ºC. Temperaturas abaixo de 20 ºC para esta espécie resultam na diminuição drástica da reprodução e do desempenho zootécnico. Para enfrentar as condições de temperaturas baixas do outono e inverno em regiões subtropicais, como Santa Catarina, os peixes sendo animais ectotérmicos necessitam de estratégias para viabilização do cultivo. Dentre estas estratégias há questões relacionadas a manejos e sistemas de cultivo, nutrição adequada para essa condições, e o desenvolvimento de linhagens mais adaptadas a essa condição através do melhoramento genético.

Líder: João Guzenski

Período de execução: 01/02/2023 a 30/12/2024 

Atividade: Aquicultura

A ostra nativa Crassostrea tulipa tem um mercado pequeno em Santa Catarina, com uma produção média anual em torno de 51t. Esta produção representa cerca de 2% do mercado catarinense de ostras. Os cultivos da espécie estão situados nos municípios de Florianópolis, São José e em São Francisco do Sul, sendo que São José se destaca no Estado com uma produção de 25t (INFOAGRO,2022, no prelo). A ostra nativa possui um nicho de mercado, mas apresenta grande potencial para expansão, devido ao sabor diferenciado e manutenção das propriedades organolépticas ao longo do ano, divergente da ostra do Pacífico, que durante o verão, período de maior consumo, é pouco palatável, devido ao processo de desova total e perda do conteúdo comestível, principalmente as gônadas. Boa parte dos produtores de ostras afirma que não tem adotado o cultivo de C. tulipa porque o crescimento é mais lento em relação a C. gigas, motivo desta pesquisa que busca estudar sistemas que proporcionem melhor desempenho em cultivo da espécie.

Líder: Felipe Matarazzo Suplicy

Período de execução: 15/03/2023 a 15/03/2025 

Atividade: Aquicultura

A crescente presença do mexilhão invasor Mytilus galloprovincialis na costa catarinense coloca em risco o desenvolvimento da maricultura catarinense, uma vez que esta espécie vem ocupando cada vez mais regiões de cultivo. Com um rendimento de carne inferior ao da espécie nativa, aparência menos atrativa, o setor tem enfrentado um aumento no custo de produção combinado com uma redução na intenção de compra, o que dificulta o repasse dos custos elevados para o consumidor.  Objetivos do projeto: avaliar a distribuição geográfica e ocorrência do mexilhão Mytilus galloprovincialis em fazendas de moluscos na Baía da Florianópolis, desenvolvendo técnicas de monitoramento e previsão de recrutamento e propondo práticas de manejo e opções de destinação deste produto.

Líder: Robson Ventura de Souza

Período de execução: 01/02/2023 a 30/01/2025 

Atividade: Aquicultura

Apesar de ser uma prática amplamente adotada em grandes centros produtores de moluscos pelo mundo, é pouco difundida em Santa Catarina. Os resultados do monitoramento sanitário conduzido pela Cidasc mostram que os moluscos da maior parte das fazendas marinhas catarinenses deveriam estar sendo submetidos à depuração quando vendidos vivos ao consumidor final. A depuração pode ser realizada por estabelecimentos processadores devidamente cadastrados junto ao serviço oficial de inspeção e é possível que peixarias e restaurantes possuam estrutura anexa dedicada ao processamento dos moluscos e possuam esse registro. No entanto, os sistemas de depuração usualmente adotados consistem em tanques horizontais que demandam uma grande área útil, o que dificulta a instalação e manutenção desses sistemas dentro da área limitada de uma peixaria, por exemplo. Objetivos: Desenvolver e validar sistema vertical de depuração para ostras a serem processadas em estabelecimentos comerciais com pequena área útil como peixarias e restaurantes. 

Líder: Bruno Corrêa da Silva

Período de execução: 01/01/2023 a 31/12/2025 

Atividade: Aquicultura

A tilápia-do-nilo linhagem GIFT, originalmente desenvolvida na Ásia Tropical, foi introduzida no Brasil em 2005 e atualmente é considerada uma das melhores linhagens genéticas de tilápia no país. O seu potencial de cultivo, todavia, é subaproveitado na região catarinense de clima subtropical, cujas adversidades climáticas são recorrentes e acabam por impactar a saúde do animal inadaptado. Diante disso, a Epagri vem desenvolvendo uma linhagem mais adaptada ao cenário local, favorecendo a piscicultura catarinense. O atual método de seleção aplicado pela Epagri é o massal. Este método oferece rápido alcance para a característica selecionada (ganho de peso), porém não há controle das demais características importantes para a cadeia produtiva, como reprodução, rendimento de filé e sobrevivência (ou resistência a doenças). Além disso, esse método resulta no aumento rápido da endogamia, ocasionando uma limitação neste tipo de programa. Objetivos do projeto: Dar continuidade no programa de melhoramento de tilápia desenvolvido pela Epagri, com objetivo de desenvolver uma linhagem melhorada para ganho de peso adaptada para as condições de cultivo do sul do Brasil, através da seleção por famílias.

Líder: Raphael de Leão Serafini

Período de execução: 01/11/2021 a 30/12/2023 

Atividade: Aquicultura

A produção de alevino é a base da cadeia da piscicultura, tornando-se uma fase crucial para o sucesso ou fracasso da atividade. Com o rápido crescimento da tilapicultura no Brasil e em Santa Catarina, é essencial que se tenha uma produção de alevino bem desenvolvida. Contudo, os alevinocultores catarinenses vêm enfrentando diversos desafios relacionados a
sazonalidade na produção de alevinos, problemas sanitários decorrentes de doenças bacterianas e parasitárias, além de
baixos índices de produtividade. Avaliar o desempenho zootécnico e os parâmetros de qualidade de água da alevinagem de tilápia-do-nilo cultivadas em sistema de bioflocos contendo diferentes concentrações de sólidos suspensos totais e densidades de estocagem.
Avaliar o desempenho e o custo de produção da alevinos de tilápia-do-nilo em sistema de bioflocos em um ensaio em escala pré-comercial. Propor uma prática aquícola de utilização do cultivo em bioflocos na fase de reversão sexual da tilápia-do-nilo.

Líder: Haluko Massago

Período de execução: 02/01/2023 a 31/12/2025 

Atividade: Aquicultura

Uso de berçário para crescimento inicial oferece maior segurança na quantidade final de tilápia e melhor uniformidade. Há
diferentes sistemas possíveis de berçário como viveiro escavado, sistema fechado (recirculação, bioflocos). Na região de Itajaí, não se sabe qual é o desempenho da tilápia no berçário e pós-recria em todas as épocas do ano, pois em Santa Catarina o clima já é desfavorável para a espécie na maior parte do ano, inclusive com riscos de morte durante o inverno. Avaliar a produção no molde pré-comercial, de juvenis da tilápia-do-nilo, linhagem GIFT-Epagri, com recria em diferentes sistemas de produção, nas diferentes épocas do ano.

Líder: Robson Ventura de Souza

Período de execução: 01/03/2022 a 28/02/2025 

Atividade: Aquicultura

Apesar de contar com apenas 1,2% do território nacional, Santa Catarina se destaca na produção da aquicultura. O estado é o quarto maior produtor de peixes de água doce e o maior produtor de moluscos cultivados do Brasil. O levantamento de dados de produção da aquicultura é uma atividade fundamental para monitorar o desenvolvimento da atividade e para embasar políticas públicas voltadas ao setor. Por esse motivo, a Epagri historicamente realiza o levantamento dos dados de produção da aquicultura em Santa Catarina. Um projeto de pesquisa recente da Epagri modernizou os processos de levantamento, organização e disponibilização desses dados. Devido à importância dos dados de produção, se faz necessário dar continuidade a esse levantamento.

Líder: Alex Alves dos Santos

Período de execução: 20/06/2022 a 30/12/2024 

Atividade: Maricultura

O cultivo comercial de K. alvarezii foi autorizado em 2020 em Santa Catarina. Apesar dos estudos de viabilidade econômica terem sido feitos para a indústria de carragenana, uma forte demanda surgiu nos últimos três anos pela indústria dos fertilizantes. No entanto, informações básicas sobre a composição química das algas e seus produtos derivados precisam ser identificadas para atender a demanda do mercado. Pouco se conhece sobre o potencial biofertilizante desta espécie cultivada no Brasil e sua composição química está diretamente ligada às condições ambientais do cultivo. Considerando que biofertilizantes possuem em sua composição fitormônios e compostos bioativos resultantes do metabolismo das macroalgas, é de se esperar que exista uma variação quali/quantitativa desses compostos. Sendo assim, a análise da composição de extrato com potencial biofertilizante de K. alvarezii associada às condições de cultivo torna-se essencial à geração de produto estável para a indústria agrícola.

Líder: Bruno Corrêa da Silva

Período de execução: 03/01/2022 a 30/12/2024 

Atividade: Piscicultura

Apesar do destaque catarinense no cenário nacional, algumas regiões produtoras do estado possuem condições climáticas desfavoráveis para a produção da tilápia-do-nilo, devido ao frio intenso nos meses de outono-inverno. Santa Catarina apresenta um clima subtropical, e determinadas regiões do estado apresentam altitude elevada, fator que intensifica as baixas temperaturas, limitando o desenvolvimento da atividade, já que a tilápia é uma espécie de origem tropical. O objetivo deste projeto é aprimorar o desempenho produtivo a campo da tilápia-do-nilo durante o outono-inverno, bem como realizar o levantamento da variação de temperatura da água na região do planalto norte catarinense neste período. 

Líder: Luis Hamilton Pospissil Garbossa 

Período de execução: 01/01/2022 a 31/12/2023 

Atividade: Maricultura

Santa Catarina é a maior região produtora de moluscos do Brasil e carece de avanços tecnológicos para o aprimoramento do Plano Estratégico para Desenvolvimento Sustentável da Maricultura referente a confiabilidade dos dados físicos e biogeoquímicos. Isto pode ser obtido através da modelagem e do zoneamento aquícola, de modo semelhante ao que já é realizado no Estado para produção agrícola. O desafio é a integração de dados hidrológicos, meteorológicos, oceanográficos e zootécnicas. A integração destes dados é capaz de gerar informações precisas, ou seja, capazes de serem medidas e quantificadas. A partir destas atividades podemos gerar cenários e informações e proporcionar aos tomadores de decisão formas confiáveis para amparar discussões onde há conflito de interesse entre a aquicultura empresas de saneamento e a indústria do turismo. Através de um projeto como este teremos ferramentas para avaliar o impacto da produção no meio ambiente e o impacto da ocupação urbana nos cultivos.

Líder: Felipe Suplicy 

Período de execução: 10/10/2020 a 31/12/2023 

Atividade: Maricultura

As licenças ambientais das áreas aquícolas marinhas concedidas em Santa Catarina contêm uma série de condicionantes impostas aos produtores, entre estas, a realização de um monitoramento ambiental das áreas de cultivo. Devido a falta de experiências brasileiras sobre como realizar adequadamente este controle, a Epagri propôs ao IMA a adoção de padrões e metodologias internacionalmente aceitas. O tema está alinhado com a área de atuação da equipe de pesquisadores do CEDAP, contemplado no plano estratégico da empresa e no Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável da Maricultura Catarinense (2018- 2028).

Líder: Guilherme Rupp

Período de execução: 01/09/2021 a 31/12/2023 

Atividade: Maricultura

O interesse científico sobre pepinos-do-mar cresceu consideravelmente em vários países na última década. Estes organismos atingem valores comerciais astronômicos devido à intensa utilização na gastronomia asiática, à grande aplicação na medicina oriental, e à recente identificação de substâncias com significativa ação bioativa (anticancerígena, antiviral, antifúngica, entre outras) de interesse da indústria farmacêutica. A imensa demanda e o alto preço nos mercados asiáticos, tem fomentado intensa captura ao redor do mundo, de modo que a maioria dos estoques encontram-se sobreexplotados e muitas espécies ameaçadas ou em risco de extinção. No Brasil, os pepinos-do-mar ainda são largamente desconhecidos do público em geral, e são escassos os estudos com abordagem de aquicultura. Em Santa Catarina existem espécies de alto valor comercial, potencial para a aquicultura e, sobre a qual, poucos estudos foram realizados.

Líder: Robson Ventura de Souza

Período de execução: 01/10/2021 a 30/09/2023 

Atividade: Maricultura

Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos bivalves do Brasil. Florações de microalgas produtoras de toxinas que podem ser bioacumuladas por moluscos são eventos que ocorrem praticamente todos os anos em SC. Os riscos são controlados por meio de um programa de vigilância que monitora as contagens de microalgas toxicas em amostras de água e os níveis de toxinas em amostras de moluscos. Esse monitoramento desencadeia a interdição das fazendas marinhas sempre que eventos de risco são detectados. O trabalho de identificação e contagem de microalgas toxicas é centralizado em um único laboratório no estado de SC e é realizado de maneira manual, por meio de análise em microscópio óptico por profissionais capacitados em laboratórios internacionais de referência. O desenvolvimento de ferramentas automatizadas para a identificação de microalgas tóxicas permitiria descentralizar e intensificar o monitoramento desses eventos, de forma a aumentar a segurança para os consumidores. 

Líder: Felipe Suplicy

Período de execução: 20/08/2019 a 30/06/2023

Atividade: Maricultura

A produção de ostras é vendida com as ostras ainda vivas. Entre os meses de setembro a outubro as ostras se encontram na melhor condição para o consumo. Já no verão, época de maior fluxo de turistas e consumidores, as ostras tendem a desovar e apresentar um aspecto e sabor não tão bom. Além disto, como as ostras são adaptadas às águas frias, tendem a morrer, causando grandes perdas para os produtores que se arriscam a manter ostras sob cultivo nos meses mais quentes do ano. A produção de mexilhões é exclusivamente vendida na forma de carne desconchada. A carne de mexilhão representa apenas cerca de 20% de seu peso vivo, o que significa uma quebra de rendimento de 80% do volume colhido na fazenda. A comercialização de mexilhões com conchas também pode diversificar a forma de apresentação e de preparo deste produto, reduzir o volume de resíduos no processamento e promover o comércio de produtos com certificação sanitária.

Líder: Felipe M. Suplicy

Período de execução: 15/04/2021 a 15/04/2023

Atividade: Maricultura

Existem lacunas de conhecimento sobre a eficiência de tratamentos pós colheita de moluscos cultivados em Santa Catarina.
O choque térmico entre a água de cultivo e a água nos tanques de depuração, o stress associado à condição reprodutiva
dos animais pode causar desovas, com associada perdas de rendimento de carne e redução do tempo de prateleira dos
animais. A eficiência da depuração natural de moluscos contaminados transferidos para áreas livres de contaminação, a
eficácia do banho com água hiperclorada em ostras vivas, e da temperatura e tempo de cozimento de mexilhões ainda são
aspectos que demandam investigação. De forma similar, os expositores de moluscos vivos também deverão ser avaliados e
validados quanto a sua inocuidade e capacidade de manutenção do produto, antes de serem instalados nos pontos de
venda.

Líder: Haluko Massago

Período de execução: 04/01/2021 a 30/12/2023

Atividade: Piscicultura

Em Santa Catarina, assim como em muitos estados brasileiros, a maior produção em piscicultura é de tilápia, havendo muitos produtores de alevinos no estado. Normalmente estes produtores usam a técnica de coleta de nuvem (coleta de larvas nos viveiros de reprodução), com baixas produtividades, devido ao manejo.

Líder: Raphael de Leao Serafini

Período de execução: 01/01/2020 a 31/12/2021

Atividade: Piscicultura

Mediante as necessidades, o setor aquícola tem buscado sistemas mais produtivos, biosseguros e com baixo impacto
ambiental. Assim surgiu o cultivo superintensivo em sistema de bioflocos para camarões e peixes, elevando a densidade de
estocagem e trabalhando com pouca ou nenhuma renovação de água. Porém, no decorrer do cultivo ocorre o acúmulo de
nitrato e de sólidos, o que pode ser prejudicial para os camarões e peixes quando em excesso. Nesse sentido, a integração
do cultivo de camarão em sistema de bioflocos com a cultura de algas e peixes, se apresenta como uma possível inovação
tecnológica de apelo econômico e ambiental. A união do cultivo de duas espécies animais em bioflocos, com espécies
vegetal, resultará no sistema multitrófico integrado.

Líder: Bruno Corrêa da Silva

Período de execução: 01/03/2019 a 28/02/2022

Atividade: Piscicultura

Em 2017 a tilapicultura brasileira alcançou a produção de 357 mil ton, tornando-se o 4º produtor mundial de tilápia. Apenas os estados do Paraná e Santa Catarina são responsáveis por 40% desta produção, e a maioria do juvenil comercializado nestas regiões possuem o tamanho de 0,5 a 3,0 g. Por isso, torna-se importante a fase de recria para obtenção de melhores resultados na fase de terminação. A recria de tilápia possibilita ao produtor maior previsibilidade de cultivo e melhor ajuste na quantidade de ração na fase de terminação, resultando em melhor conversão alimentar. Contudo, a estrutura fundiária dos estados do sul do país, principalmente Santa Catarina, baseia-se em pequenas propriedades rurais com mão-de-obra familiar, com pouco espaço para expandir a produção. Esta característica obriga os piscicultores a serem eficientes, focando no aumento de produtividade de forma sustentável. O sistema em bioflocos vêm suprir essa demanda.

Objetivos: Contribuir com o desenvolvimento da tecnologia de juvenis de tilápia-do-nilo, Oreochromis niloticus, através do sistema de produção em bioflocos.

Resultados esperados: Determinar alguns protocolos para a recria de tilápia em sistema de bioflocos que ainda não estão totalmente elucidados, como por exemplo as taxas de arraçoamento e a densidade de cultivo (produtividade final), para esta fase. Além disso, pretende-se estudar a viabilidade econômica deste sistema, frente ao sistema tradicional, semi-intensivo em viveiro escavado, já utilizado comercialmente no sul do país. Este será um passo importante para a difusão desta tecnologia aos produtores rurais, principalmente de Santa Catarina, onde a Epagri possui grande atuação na extensão rural.

ESTATÍSTICAS

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